quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O Fado do Amor Eterno


                                                                                                


Assim voou a espuma, sobre a praia, a marejar
De lágrimas a branca areia, onde um dia
Um triste dia, dois seres sonharam amar

Da barca distante acena o lenço, lenço branco a oscilar
Inveja das andorinhas...todas em bando a voar
Enquanto parto sozinha, nesse barco, triste barco, pelo mar.

Pedir-te-ia uma carta, para meu consolo, ao chegar
Naquele país de silêncios, onde tua voz não irá
Mas entalho na lembrança tua imagem, ao luar.

Vou-me, cantando este fado, já de saudade doída
Pois deixar-te para trás e saber-te só nesta vida
Mata-me um pouco mais que a morte que me desgarrou
Rezarei a Deus que de nós tenha clemência
E nos recompense a ausência no mundo pra onde vou.

Nessa praia de brancas areias, temos o céu por penhor
De nos encontrarmos um dia, feliz dia, para aplacar a dor
Pois o fado que hoje ouves, melancólicas cordas soando
Acompanhará meu retorno, barca no mar ondulando
Para meu eterno querido, meu mar, meu fado, meu amor.

Bíndi

(Inspirado no amor de Ghost, a quem meu coração escolheu)
 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Depois de Um Tango!


(Texto inspirado em meu amor: Bindi)

Fico a lhe olhar fixamente, mas seu olhar se perde num disfarce sutil
Seguro suas mãos suadas, entre seus dedos coloco meu desejo
Nem os aplausos me tiram a concentração em sua sensualidade
Esse perfume de mulher que usas, cada dia mais me faz flutuar

Quase beijo seus lábios, numa coreografia inventada por um impulso
Ao que correspondes com um leve sorriso e um gentil baixar de olhos
Tremo ao lhe abraçar e sentir a suavidade macia de seu corpo quente
Deslizo minhas mãos  por  sua silhueta de violão

Então percebo que a música já terminou...
Rubro, a face vermelha de timidez,
Calo-me humilde ao seu comportamento de dama intocável
Acompanho-te silencioso entre os corredores que nos levam aos bastidores

Banho-me sem vontade de tirar seu cheiro de meu corpo
Visto-me e saio pelo corredor
Instintivamente voltando ao palco de nossa dança
Tão distante de mim, deparo-me com você à minha frente, lindamente vestida

Quase desfaleço ao sorriso que me ofertas, como se me procurando estivesses
Tão linda, olhar bandido, num vestido marcando a silhueta de uma deusa
Assalta-me então a paixão que não sei mais disfarçar
Ofereço-te o braço para seu apoio...me devolves um tango a dois..."só para nós dois"!

Sob olhares espantados,
Nada mais recordo
Lembro-me de quem fui
Mas agora estou perdido
No compasso de um antigo Tango, tão fulminante...como meu amor por você!

Ghost


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