sexta-feira, 10 de junho de 2016

Homônimos



Homônimos

Tudo é luz, sou o todo
Me vejo assim, sinto a divindade 
O futuro já foi transposto
O passado faz parte de mim e do que sou

Transpus a barreira do tempo, me projetei ao infinito
Me sinto dividido, mas sou o UM
Há duas faces em minhas lembranças
Uma é agora, a outra é a quem sinto que sou

Se me olharem não me vêem
Mas sou o que querem perceber
Então me procuram, estou aqui
Então não podem me ver, estou aqui

Estou aqui, estou lá, em toda parte...sou eu
Quando a onda vem, eu mudo de lugar
Eu sou o mesmo, me sinto assim, em várias faces
Me observo, me suicido, renasço, imortal sem morrer ou nascer

Percebo sombras em mim, assassino que trucida semelhantes
Impiedoso marginal, chefe de falanges malignas, sanguinário, violento
Verdugo e animal, vampiro sem passado, volto ao verme
Sumo de onde estou, imóvel, nascido da terra, cão feroz

Vejo um homem, a mesma face numa mulher, vi o universo ser feito
Pressinto sua transmutação
Sei que isso passará, mas ainda nem comecei
Me vejo assim, até onde posso projetar a consciência

Agora sou anjo, do mesmo verme nasceu a luz
Sou imenso, sou o amor, sou a paz, o sorriso e a bondade
Me excomungo com as palavras que seduziram nações
Sou o pacificador, porém o mesmo trucidador de outrora

Agora sou o homônimo de mim, estou aqui
Me pergunto então...quem sou?!

Ghost


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